Quer conhecer uma biblioteca da vida?

Árvore Eugenia copacabanensis.

Em vez de livros, plantas e animais na estante. Estranho? Que nada! Coleções da flora e da fauna devidamente catalogadas para permitir rapído acesso ás informações fazem parte de um arquivo que se pode chamar de biblioteca da vida. Aceita o convite para fazer uma viagem e conhecer uma biblioteca diferente como essa?

O passeio começa em Copacabana, uma das praias mais famosas do mundo. Quem não mora no Rio de Janeiro nem nunca visitou a cidade com certeza já viu em fotos ou em postais a linha curva da orla de Copacabana e as ondas desenhadas em suas calçadas. Mas quem passa por lá hoje nem de longe imagina como era o lugar no secúlo 19.
Antes das construções atuais, nas areias brancas da região, havia algo que não se encontra mais nas praias da Zona Sul do Rio de Janeiro: a restinga - um tipo de vegetação que combina espécies de plantas rasteiras com pequenos arbustos. As fotos da época registram a paisagem com restinga, mas não fornecem muitas informações sobre os animais e as plantas que viviam ali. Onde encontrar, então, dados sobre essas espécies?
A resposta é: nas coleções biológicas. Elas são como bibliotecas davida, guardando guardando, no lugar de livros, amostras da flora, da fauna e de microorganismos coletadas por cientistas nos lugares por onde eles passaram.
Na restinga de Copacabana, por exemplo, crescia uma pequena árvore que foi descrita pela primeira vez em 1893 e recebeu o nome de Eugenia copacabenensis, em homenagem á praia. A amostra original foi coletada em 1870, por um botânico francês chamado Glaziou, que trabalhava no Rio de Janeiro. Sabemos disso porque ela está até hoje guardada em um Herbário.

Quer saber mais sobre o Herbário? Aguarde! Até amanhã!

Fonte e imagem: Revista Ciência Hoje das crianças - Nº156/Abril - Ano 2005.