Texto Rita Loiola - Revista Super Interessante.
Em 1º de janeiro passou a vigorar a reforma ortográfica que vai dar cartão vermelho ao trema e extinguir alguns acentos e hífens. (A grafia antiga será tolerada até o fim de 2012.)
"Por quê?", você se pergunta. O objetivo é facilitar o trânsito de documentos entre os países de língua portuguesa.
Por isso, Portugal, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Timor Leste e Cabo Verde assinaram o mesmo acordo, eliminando a tradução de português para português. O lado bom é ler José Saramago e Fernando Pessoa sem engasgar em "cês" e "pês" mudos. O lado ruim é se acostumar com ambiguidades e ideias.
Mas ninguém vai começar a ter "idêia" só porque o acento caiu, assim como ninguém guarda no armário "tigêlas" ou "colhêres".
"Em Portugal não se usa trema desde 1945 e nem por isso consequência deixou de ser falada com qüe", diz José Carlos de Azeredo, especialista em língua portuguesa da UFRJ.
Afinal, ortografia é somente uma convenção. Basta lembrar que as línguas já existiam antes da escrita. E o modo de grafar os termos não acompanha necessariamente o modo como falamos. Há pelo menos 600 anos as vogais E e O no final das palavras são pronunciadas como I e U, mas continuamos a escrever "povo", "ovo" e "gente", assim como um carioca não pensa em escrever "fexta".
Detalhe do Blog: No canto direito da página coloquei um quadro com algumas das principais mudanças que ocorreram nessa mudança ortográfica para quando tiverem dúvidas.
Em 1º de janeiro passou a vigorar a reforma ortográfica que vai dar cartão vermelho ao trema e extinguir alguns acentos e hífens. (A grafia antiga será tolerada até o fim de 2012.)
"Por quê?", você se pergunta. O objetivo é facilitar o trânsito de documentos entre os países de língua portuguesa.
Por isso, Portugal, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Timor Leste e Cabo Verde assinaram o mesmo acordo, eliminando a tradução de português para português. O lado bom é ler José Saramago e Fernando Pessoa sem engasgar em "cês" e "pês" mudos. O lado ruim é se acostumar com ambiguidades e ideias.
Mas ninguém vai começar a ter "idêia" só porque o acento caiu, assim como ninguém guarda no armário "tigêlas" ou "colhêres".
"Em Portugal não se usa trema desde 1945 e nem por isso consequência deixou de ser falada com qüe", diz José Carlos de Azeredo, especialista em língua portuguesa da UFRJ.
Afinal, ortografia é somente uma convenção. Basta lembrar que as línguas já existiam antes da escrita. E o modo de grafar os termos não acompanha necessariamente o modo como falamos. Há pelo menos 600 anos as vogais E e O no final das palavras são pronunciadas como I e U, mas continuamos a escrever "povo", "ovo" e "gente", assim como um carioca não pensa em escrever "fexta".
Detalhe do Blog: No canto direito da página coloquei um quadro com algumas das principais mudanças que ocorreram nessa mudança ortográfica para quando tiverem dúvidas.
Foto: Divulgação de pesquisa Google.
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